sexta-feira, 3 de maio de 2013

VERMIFUGAÇÃO NA SECA

Como fazer a vermifugação correta na seca
O período da seca é o momento ideal para se fazer tratamentos estratégicos no rebanho a fim de reduzir a contaminação dos pastos.
A verminose no gado de corte é um fator de relevante importância para o desempenho produtivo do rebanho. O impacto pode ser sentido através da redução do ganho de peso, principalmente em algumas categorias como os animais jovens até os dois anos de idade e as fêmeas no periparto. Os prejuízos serão dependentes da Idade, raça, condição fisiológica do animal, da contaminação ambiental e do tipo de manejo, este último, quanto mais intensivo maior será a infestação dos animais.
Os prejuízos são resultantes dos nutrientes roubados pelos parasitas, dos nutrientes dispensados pelo animal no combate aos mesmos, a exemplo da resposta inflamatória que resulta em encapsulamento dos parasitas a nível intestinal formando pequenos nódulos, e do desenvolvimento da doença clínica caracterizada principalmente por anorexia (perda do apetite), além do aparecimento de doenças oportunistas.
Diversos gêneros parasitam o aparelho digestório, em especial a porção gastro-entérica, onde evidenciamos uma maior importância do Haemonchus spp., da Cooperia spp e do Trichostrongylus. Fatores nutricionais influenciam no grau de parasitismo dos animais. Dietas pobres em proteína diminuem a capacidade de resposta imunológica contra os parasitas, acarreta maior infestação animal e conseqüente aumento da contaminação dos pastos, tal fator torna-se relevante em animais criados a pasto, já que a maioria das pastagens tropicais apresentam deficiências.
Nas condições tropicais deveremos encarar o parasitismo como algo a se conviver, mas passiva de controle e de redução dos prejuízos causados quando economicamente viável os tratamentos empregados. A presença dos parasitas nas pastagens é dependente do clima, onde épocas do ano mais úmidas favorecem a persistência viável dos ovos e larvas no meio ambiente.
No estabelecimento da estratégia de controle deveremos levar em consideração a sazonalidade e as categorias mais sensíveis ao parasitismo. Tratamentos deverão ser realizados a fim de mantermos uma baixa contaminação das pastagens e infestação dos animais pelo maior tempo possível.
Quando nos referimos à categoria animal, os animais jovens são mais sensíveis. O período da desmama é um momento crítico, pois acarreta em redução da imunidade decorrente do estresse sofrido. Apesar de não haver riscos de óbitos, uma vermifugação nesse momento reduzirá a contaminação da pastagem. Essa mesma constatação será dispensada às vacas parturientes, onde no terço final de gestação ocorrerá uma redução natural da resposta imunológica. A vermifugação estratégica neste momento, além de reduzir a contaminação das pastagens, ajudará no aumento do índice de escore corporal das fêmeas e, conseqüentemente, na minimização dos riscos de problemas durante o parto e produção de um colostro de melhor qualidade, além de diminuir a infestação dos bezerros.
Animais destinados à terminação em pasto ou em confinamento apresentarão melhor desempenho na conversão alimentar quando desparasitados previamente, embora possam ser re-infestados ao longo do tempo.
À medida que a dissecação reduz a viabilidade de ovos e larvas nas pastagens, verificamos que durante o período seco do ano, o interior do corpo do animal é o melhor local para que os parasitas consigam sobreviver. Portanto, o período de seca será o momento ideal para que realizemos tratamentos estratégicos no rebanho a fim de reduzirmos a contaminação dos pastos no próximo período de chuvas e para facilitarmos o melhor aproveitamento da forragem que estará em escassez. Podemos realizar neste período três vermifugações: no início, meio e fim da estação seca da região.
No manejo preventivo de bicheiras do recém-nascido de corte é comum aplicarmos antiparasitários nos primeiros dias de vida, estes normalmente possuem efeito contra parasitas gastro-intestinais. Os bezerros poderão ser vermifugados aos três meses de idade quando será iniciada suas vacinações e posteriormente na desmama. Uma vermifugação semestral até os dois anos de idade deverá ser realizada após a desmama.
De nada adiantará traçarmos nossa estratégia de controle se falharmos na escolha e manejo dos vermífugos. A escolha do endectocida deverá obedecer a fatores como custo, particularidades de cada grupo químico e, fundamentalmente, sua eficiência no tratamento. Em geral não devemos utilizar mais que dois grupos químicos até que estes percam sua eficiência. Esta poderá ser avaliada por exames de fezes dos animais como a Contagem de Ovos por Grama (OPG) realizado por um médico veterinário ou laboratório especializado.
Algumas particularidades dos medicamentos devem ser observadas como a capacidade da abamectina de atravessar a barreira hemato-encefálica de animais jovens e acarretar no seu óbito, a não atuação sobre larvas de moscas de alguns vermífugos em épocas que podemos utilizar um que apresente esse efeito e a maior eficiência de vermífugos administrados de forma oral do que os injetáveis embora possuam um manejo mais demorado quando comparado aos vermífugos injetáveis. As informações oferecidas pelo fabricante deverão ser obedecidas estritamente para evitarmos sub e sobre-dosagens.
Fonte: Raul Mascarenhas é médico veterinário e pesquisador da Embrapa
Site: http://www.portaldbo.com.br/Portal/Conteudo/Artigos+Tecnicos/442,,Como+fazer+a+vermifugacao+correta+na+seca.aspx
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O ESTRAGO DA VACA LOUCA

O estrago que faz a proteína de vaca louca solitária
O Ministério da Agricultura foi notificado nesta segunda-feira da decisão da Arábia Saudita de proibir a importação de carne bovina de todo o Brasil devido ao caso de “vaca louca” detectada no Estado no Paraná em 2010. Trata-se de um revés para o setor pois o país árabe é um dos dez maiores importadores de carne bovina brasileira, respondendo por cerca de 3% das exportações brasileiras. O Egito, outro grande importador, também anunciou embargo às importações, mas apenas oriundas do Paraná. Este efeito cascata é o que temíamos quando publicamos o artigo abaixo. (PC)
Um exame laboratorial conduzido pela OIE (Office International des Epizooties ou Organização Mundial da Saúde Animal) confirmou a proteína causadora da vaca louca em uma vaca morta em dezembro de 2010 em uma fazenda de Sertanópolis, no Paraná. Em uma decisão considerada alarmista, a China e a África do Sul anunciaram na quinta-feira (13dez2012) o embargo de importações de carne bovina brasileira. Poucos dias antes o Japão já havia anunciado um embargo pelo mesmo motivo. Na verdade os japoneses são bastante traumatizados com este assunto e apesar de importarem pequenos volumes do Brasil fazem um grande barulho – outros seguem e até a Venezuela já está se manifestando!
E como diz o ditado que “um azar não vem sozinho”, a notícia apanhou nossa Presidenta Dilma Rousseff em viagem oficial à Rússia, com uma missão empresarial brasileira, tratando entre outros assuntos mas prioritariamente de embargos russos a importações brasileiras. No caso da carne, o embargo da Rússia vigora desde junho do ano passado e não tem relação com este recente veto à carne brasileira em decorrência do mal da vaca louca, mas sim com medidas sanitárias que as autoridades russas entendem que três Estados (PR, MT e RS) não vem atendendo. Com isto, a esperança dos produtores e exportadores brasileiros de que a Rússia poria fim ao embargo durante a visita oficial da Presidenta Dilma acabou não se realizando.
Claro que nossa Presidenta, que por vezes não revela muito bom humor, ficou bem “chateada” pela demora inaceitável deste caso vir à tona. Os primeiros exames, feitos no Brasil, não identificaram a proteína que causa o mal da vaca louca, mas uma contraprova feita em junho teve resultado positivo. Uma terceira análise feita em um laboratório britânico no início de dezembro confirmou a doença e despertou toda esta celeuma, que pode ter desdobramentos imprevisíveis e incoerentes com o tamanho da questão inicial.
Realmente é um absurdo tanta demora. Um importante representante da indústria pecuária*, que está com a delegação na Rússia, disparou: “Está claro que está faltando uma retaguarda para o segmento, que é ter vigilância sanitária, laboratórios, inspeção rigorosa e emergência sanitária. Um exame não pode demorar um ano e meio. Sempre há desculpas, mas elas não estão sendo mais aceitas pelos compradores”.
Por ora o dano não é grande. Dos três países citados, a China é o mais relevante. Nos primeiros nove meses deste ano, o país asiático importou 5,1 mil toneladas de carne bovina brasileira, colocando os chineses no ranking dos 20 maiores importadores do Brasil. Já se fala que Irã e Egito também vão entrar no embargo. Aí reside o perigo: como quem “conta um conto aumenta um ponto”, isto pode ganhar uma proporção problemática para tão importante setor de nossa agropecuária. A pobre, solitária e falecida portadora da proteína da vaca louca pode gerar um problema do tamanho de um rebanho todo.
* Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipes).
Extraído: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/bioagroenergia/2012/12/15/pecuaria-o-estrago-que-faz-a-proteina-de-vaca-louca-solitaria/
Imagem: http://www.businessreviewbrasil.com.br/money_matters/embargo-a-carne-brasileira-cresce
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sábado, 10 de novembro de 2012

LUTA CONTRA DIARREIA

Diarreia: por que perdemos esta luta?
Diarreia! Um grande problema encontrado na maioria das propriedades nacionais e hoje perdemos esta luta pelo fato de não seguirmos corretamente um programa de manejo. Esta falta de planejamento e de estratégia quanto a prevenção e tratamento faz com que as diarreias continuam sendo o problema mais comum a afetar os bezerros nas fases iniciais da vida.
Esta doença impacta diretamente nos índices zootécnicos, onde deixa sua marca nos índices de mortalidade em até 5%, com destaque entre o nascimento e os três primeiros meses de idade no corte. No entanto, as taxas de mortalidade de bezerros em rebanhos leiteiros ainda são desconhecidas no território nacional, mas acredita-se que os dados sejam elevados.
A título de curiosidade, nas criações americanas estima-se que entre as causas de mortalidade na fase de aleitamento a diarreia seja a principal, respondendo por cerca de 60% das causas de mortes, seguida por doenças respiratórias.
O que chama a atenção para esta enfermidade entérica, não são apenas os dados de mortalidade, mas o grande impacto que possui ao diminuir a taxa de crescimento, reduzir a eficiência de utilização dos alimentos e, consequentemente, resultar em um bezerro fraco e desnutrido, que fica exposto a demais doenças.
Em busca de alto desempenho de sua propriedade, pecuaristas tendem a intensificar seus sistemas de produção, para obtenção da maior lucratividade, porém isto tem causado aumentos significativos na incidência desta doença.
As diarreias são doenças complexas e multifatoriais, que envolvem o animal, o ambiente, a nutrição e os agentes infecciosos. A ocorrência da enfermidade depende da relação entre a condição imunológica dos bezerros e a carga infectante ambiental a qual eles estão submetidos.
Vale lembrar que os bezerros com menos de 30 dias de vida ainda são altamente dependentes da imunidade passiva, recebida através da colostragem, e que uma alta porcentagem dos bezerros (aproximadamente 40%) apresenta falhas na transmissão desta.
Diarreia é um sinal clínico de diversas doenças. Na prática, não é fácil determinar com exatidão qual agente/causa principal que desencadeou o quadro entérico pois, na maioria das vezes, mais de um agente está envolvido no processo. Dentre os agentes infecciosos estão envolvidos estão as bactérias (Escherichia coli, Salmonella spp.), vírus (Rotavirus, Coronavirus), protozoários (Eimeria spp.), (Cryptosporidium spp.) e verminose. Porém, na maioria, há presença de dois ou mais patógenos.
Não podemos pensar apenas nos agentes infecciosos e esquecer os demais fatores envolvidos. Além da falha no recebimento da imunidade no momento da colostragem, as interrelações animal-ambiente assumem uma importância fundamental, sendo as seguintes condições como predisponentes:
Ambiente: instalações e utensílios em condições sanitárias precárias, alta densidade e falta de agrupamento de animais por faixas etárias, baixa qualidade da água, etc.
Nutrição: dietas que não atendem aos requisitos nutricionais, fornecimento de leite em quantidade e intervalo de tempo incorretos, sucedâneos do leite de baixa qualidade nutricional, alimentos mofados ou deteriorados.
Outras doenças: principalmente infecções respiratórias e umbilicais.
Quando se fala em agentes infecciosos, existe relação do tipo e período pós-nascimento, conforme tabela publicada na galeria de fotos (tabela 1).
Rotavírus é a causa mais comum de diarreia em bezerros recém-nascidos, entretanto, infecções por Coronavírus e por E. coli enterotoxigênica apresentam maiores taxas de mortalidade, tornando maior o seu impacto econômico.
Diarreia de origem nutricional também pode ocorrer. O bezerro jovem é extremamente limitado em termos de digestão de nutrientes durante as três primeiras semanas de vida e este fato está diretamente relacionado à ausência e inatividade de algumas enzimas digestivas.
A atividade da maior parte destas enzimas aumenta a partir da terceira semana de vida, permitindo a utilização de maior diversidade de ingredientes na formulação das dietas. Sucedâneos do leite contendo alta inclusão de proteínas de origem láctea asseguram os melhores desempenhos das bezerras até 30 dias de vida devido, principalmente, à maior digestibilidade, excelente perfil de aminoácidos e inexistência de fatores antinutricionais.
A ocorrência de diarreias em bezerros jovens é frequentemente súbita e aguda. Os animais tornam-se rapidamente desidratados, embora os sinais clínicos possam ser pouco perceptíveis. A avaliação da quantidade de água perdida é importante para determinação da estratégia de reidratação. Os animais com diarreia tornam-se rapidamente desidratados, com perdas potenciais de 6% a 12% do volume de seus fluidos corporais em apenas um dia.
Juntamente com a idade dos bezerros afetados, a observação dos efeitos sistêmicos e sua severidade pode ajudar no diagnóstico. Por exemplo, uma febre com temperatura superior a 40,5º-41ºC e alta taxa de mortalidade pode levar a suspeita de colibacilose, salmonelose ou coronavírus.
Em contrapartida, uma baixa mortalidade é bastante sugestiva para rotavírus. Nós podemos também notar que a ausência ou a presença de hipertermia nos animais afetados determina a escolha do tratamento que será feito, levando em conta a responsabilidade e prudência na utilização dos antibióticos.
A gravidade clínica da diarreia varia de acordo com o tipo de microrganismo envolvido, quantidade deste microrganismo e a capacidade de defesa do bezerro. A diarreia pode manifestar como quadro superagudo, na qual ocorre depressão, fraqueza grave, febre em alguns casos, choque hipovolêmico, com evolução em 24 horas para coma e morte.
Contudo, na maioria dos casos, há intensa diarreia fétida, de fezes com consistência aquosa ou pastosa, de coloração amarelada ou esbranquiçada, presença de muco e/ou estrias de sangue e os animais apresentam cauda e períneo sujo, com placas de fezes aderidas ao pelame, deprimidos, magros e apáticos.
Estes quadros intestinais ocasionam forte perda hídrica, ou seja, juntamente com as fezes há uma intensa perda de fluidos, eletrólitos e nutrientes e isto faz com que o bezerro desenvolva sintomas de emagrecimento progressivo, desidratação, podendo evoluir para coma e morte do animal se o mesmo não for tratado a tempo.
Segundo a Embrapa, a diarreia pode se apresentar de três formas: septicêmica, onde os animais aparecem mortos sem quadros clínicos prévios; enterotoxêmica, com intensa depressão e rápida evolução do quadro clínico, e na forma entérica, conhecida popularmente por “curso branco”, com presença de diarreia aquosa e fétida, com leite coagulado (indícios de deficiência na sua digestão e absorção), desidratação e quando não morre, o animal permanece por alguns dias ainda doente.
A chave para o sucesso no tratamento das diarreias é a rápida detecção do problema e intervenção imediata, com administração de uma solução bem balanceada para reidratação oral contendo eletrólitos e nutrientes. Se a reidratação for feita logo no início a, a taxa de sucesso do tratamento pode chegar a 95% ou mais.
Por muitos anos, recomendou-se a suspensão do fornecimento de leite ou sucedâneo aos primeiros sinais de diarreia. Felizmente, esta prática está sendo abolida, pois priva os animais de sua principal fonte de nutrientes e água.
A recuperação dos bezerros é acelerada quando a dieta líquida está associada à hidratação oral, pois ocorre uma diminuição na perda de peso dos animais. A tabela (na galeria de fotos) mostra um exemplo de solução para hidratação oral que tem apresentado excelentes resultados a campo.
Esta fórmula pode ser utilizada em todos os tipos de diarreia. A hidratação oral pode ser feita com sucesso em animais que apresentem até 8% de desidratação. Acima disso, deve-se avaliar o potencial de retorno econômico do animal antes de instituir tratamentos onerosos. Nestes casos, o déficit deve ser corrigido por via intravenosa, continuando posteriormente com a hidratação oral.
O uso de soluções fortificantes, constituídas por vitaminas, nutrientes e minerais (Fortemil®), além de restabelecer a hidratação, nutre o animal. A quantidade total deverá ser fornecida aos bezerros num período de 24h. A solução não deve ser administrada junto com a dieta líquida, respeitando-se um intervalo de 2h, para não haver interferências na digestão. Bezerros com menos de 30 dias de vida não digerem sacarose (açúcar comum), portanto, não se deve utilizá-la em substituição à glicose.
No entanto, como existem diversos fatores que ocasionam a doença, o uso de antibióticos é indispensável no protocolo de tratamento. Quando a diarreia é branca ou amarela, indicam-se uso de produtos que além de “trancar” o intestino, trazem em sua associação antibiótico bacteriostático, ou seja, aqueles que controlam a população bacteriana (Cortacurso®).
Porém, nos casos mais graves, onde há presença de sangue visto em diarreias pretas, o produto deverá ser bactericida, os que matam todos os tipos de bactérias, garantindo maior resolução do quadro entérico (Trissulfin®).
Prevenção é a palavra certa para não se perder lucratividade na sua propriedade. Fornecer colostro de alta qualidade e em quantidades adequadas o mais rápido possível após o nascimento dos bezerros; reduzir o estresse dos animais; proporcionar instalações limpas, secas, bem dimensionadas e higienizadas com acesso fácil à água de boa qualidade física e microbiológica; fornecer dietas balanceadas para suprir os requisitos nutricionais, assegurando que os bezerros estejam saudáveis e mais resistentes às doenças.
Embora a diarreia neonatal em bezerros seja bastante fácil de identificar, um diagnóstico etiológico preciso é de difícil realização, por isso consulte sempre um médico veterinário.
Fonte: Thales Vechiato e Luiz Gustavo Paranhos são supervisores técnicos na Ourofino - Site: http://www.portaldbo.com.br/Portal/Conteudo/Artigos+Tecnicos/5526,,Diarreia+por+que+perdemos+esta+luta.aspx
Foto: http://boiapasto.com.br/2012/05/msd-saude-animal-apresenta-nova-tecnologia-contra-diarreia-em-bezerros/
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sábado, 25 de agosto de 2012

OS GASES DO BOI

Os gases do boi: quanta bobagem!
Nossos pastos podem sim produzir proteína de boa qualidade, empregos e renda, ao mesmo tempo que mitigam a emissão de gases de efeito estufa
É uma conta relativamente simples: cada boi (que as vacas me perdoem o machismo, mas vou chamar todo mundo de boi mesmo) emite aproximadamente 57 kg de metano (CH4) por ano, em média. Esse valor vezes 200 milhões de cabeças, se chega a um número enorme, equivalente a 63% do metano emitido no Brasil, ou 48% dos gases de efeito estufa. Por essas contas, cada kilo de carne consumida equivaleria 300 kg de gás de efeito estufa emitidos. Assustador, não? Verdade? Não.
Dizem que para todo problema existe uma solução simples, rápida e errada. Esse é bem o caso. Em primeiro lugar se considera, nessa conta, que todos os 200 milhões de bois, vacas, bezerros, novilhas emitem a mesma quantidade de gás – primeira mentira – a emissão de gases depende da quantidade de alimento ingerida. Assim, se contarmos o rebanho de mamando a caducando, a conta fica já bem menor. Depois, de onde vem o carbono que o boi emite por flatulência e eructação (arroto, para os íntimos)? Vem do alimento consumido, normalmente do pasto, no Brasil.
O carbono consumido como alimento é transformado principalmente em carne, leite e dejetos, que retornam ao chão, mais aquela parte que vai para a atmosfera. Então, para o boi crescer, para a vaca produzir leite, e também para emitir metano, é necessário que se alimente de carbono, ou seja, de capim.
De onde vem o carbono do capim? Da atmosfera. Ou seja, o carbono ou metano, emitido pelo boi, é apenas uma devolução do que já estava na atmosfera. Mais simplesmente: o boi não fabrica carbono. Muda sua forma, o que muda um pouco o potencial de aquecimento global, mas não “aparece” carbono no sistema. E se o boi for confinado? Se for confinado, come o carbono do milho, da soja, etc., que também pegaram o carbono da atmosfera.
Bom, se o carbono vem do capim, como será que essa coisa funciona? Como será o balanço de carbono do pasto? Na região dos cerrados, em diferentes sistemas de uso e manejo da terra, os maiores estoques de C estão relacionados com a presença de forrageiras, resultando na seguinte ordem decrescente de estoques de C no solo: pastagem permanente - integração lavoura-pecuária sob plantio direto - lavoura em semeadura direta - lavoura em cultivo convencional.
As taxas de acúmulo de C nos solos do cerrado variam de 0,8 a 2,8 t ha/ano, dependendo do manejo. Em regiões originalmente sob Mata Atlântica, pastagem bem manejada fixa 2,7 t ha ano de carbono, em média, enquanto que na região Amazônica a média é de 300 kg ha/ano.
Note-se que são pastagens sob pastejo, ou seja, com boi comendo. É bom lembrar que a pastagem degradada não faz nada disso, porque o capim cresce pouco e, portanto, fixa pouco carbono da atmosfera. Mas, mesmo assim, o boi comendo em pasto ruim só pode emitir o que comeu, ou seja, pode não haver ganho de carbono no solo, mas não pode haver emissão líquida, porque mágica não existe.Agora, vamos retomar aquela conta do início, mas levando em conta que não existe boi sem comida, sem pasto. Contando as estimadas 200 milhões de cabeças de bovinos no Brasil - que ocupariam talvez 70 milhões de hectares de pastos bem manejados. Se considerarmos o sequestro de apenas 1 t ha ano de carbono, a pecuária estaria fixando no solo algo em torno de 70 milhões de toneladas de carbono, ou cerca de 90 milhões de toneladas de metano, equivalentes a aproximadamente 2,0 bilhões de toneladas de CO2, já descontados os gases emitidos.
O bandido virou mocinho? Ou será que existem interesses não confessados em prejudicar o desenvolvimento de nossa pecuária? Como já se disse, uma estatística bem torturada revela qualquer coisa.
Resumindo, nossos pastos podem sim produzir proteína de boa qualidade, empregos e renda, ao mesmo tempo que mitigam a emissão de gases de efeito estufa. Basta, para isso, empregarmos o conhecimento que já temos.
Fonte: Ciro Rosolem é membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável
DBO: http://www.portaldbo.com.br/novoportal/Site/Opinioes/FORUM/4701,,Os+gases+do+boi+quanta+bobagem.aspx
Imagem: http://www.ecodebate.com.br/2009/11/26/documento-elaborado-por-pesquisadores-da-usp-em-piracicaba-mostra-o-impacto-da-pecuaria-no-ambiente/
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

MASTITE BOVINA, PREVENIR É O MELHOR CAMINHO

A mastite bovina é a inflamação da glândula mamária e sua intensidade depende da interação com fatores relacionados ao animal e à presença de agentes patogênicos que desencadeia processo inflamatório. Os agentes causadores da mastite na sua maioria são as bactérias, podendo existir ainda fungos, leveduras, vírus e algas.
A mastite é o fator que mais provoca perdas econômicas na cadeia produtiva do leite e para tentar minimizar estas perdas é necessário um controle rigoroso da higiene da mama, boas práticas na ordenha e um eficiente programa de sanidade animal. A prevalência da mastite está relacionada, principalmente, ao manejo antes, durante e após a ordenha. Isso explica a importância da conscientização do ordenhador e dos produtores de leite, quanto aos procedimentos adequados de ordenha, incluindo as formas corretas de higienização e desinfecção do ambiente, do animal, do profissional e de todos os utensílios utilizados na ordenha.
Para tentar manter o rebanho longe da mastite o melhor caminho é a prevenção. Já que a ordenha é o momento mais importante da atividade leiteira, deve ser o primeiro lugar para se instituir um controle da mastite e assim possibilitar a melhoria da qualidade do leite.
Para isto devemos basear o controle da mastite em cuidados básicos de sanidade. Primeiramente a atenção deve estar voltada para o correto manejo de ordenha, que deve ser realizada por ordenhadores treinados em boas praticas de ordenha e com conhecimento mínimo em lactação e funcionamento e manutenção do equipamento bem como no procedimento de ordenha manual e mecânica.
Em seguida, instituir o teste da caneca de fundo escuro diariamente, pois este permite o diagnóstico da mastite clínica e diminui o índice de contaminação do leite.
Após a retirada dos primeiros jatos, efetua-se a lavagem dos tetos com água limpa e secagem em seguida realiza a imersão completa dos tetos numa solução desinfetante com uma concentração menor que na solução utilizada no pós-ordenha (pós-dipping), para redução da contaminação bacteriana (hipoclorito de sódio a 2% ou iodo a 0,3% ou, ainda, clorexidine a 0,3%). Estabelecer uma linha de ordenha, deixando as vacas que apresentaram mastite nos últimos meses por último e iniciando sempre com as vacas sadias e que não apresentaram mastite. E separar do rebanho vacas com mastite clínica.
Com estes cuidados básicos é possível controlar a mastite no rebanho ou pelo menos diminuir a incidência da doença.
Por Tânia Valeska Medeiros Dantas Simões - Pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros - Aracaju/SE - E-mail: tania.dantas@embrapa.br
Fonte: Embrapa
Foto: http://blog.ourofino.com/ruminantes/2012/06/04/mastite-bovina/
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